sábado, 15 de setembro de 2012

FIC Mysterious Boy

             6º Capitulo


Fui caminhando em direção ao barulho que começava a me assustar. Claro que eu assisto filmes de terror e sei como sempre acaba quando alguém optar pela curiosidade, mas era o que eu gostava. Emoção. Sempre achei que um pouco de adrenalina não mata ninguém. Continuei andando com cuidado. Quando eu a vi. Toda a sensação ruim que eu senti a semana t
oda voltou praticamente 3 vezes mais. Tentei processar o que estava acontecendo na frente dos meus olhos. A garota estava amarrada em uma àrvore com um pedaço de pano amarrado a boca dela, impedindo-a de gritar ou falar algo. Lágrimas corria pelo rosto dela sem parar, dava pra sentir o desespero do rosto dela. Dei mais um passo para tentar ajudar ela quando vi uma sombra se aproximar, eu instantaneamente me escondi atrás de uma àrvore. Um garoto apareceu na frente dela, ele usava uma calça preta e um casaco de capuz da mesma cor. Haviam sacos nos pés envolta do sapato e ele usava luvas. A luz da lua refletiu num objeto de metal que surgiu na mão dele, parecia uma faca.
- Então é assim que você age com os vizinhos, hã? – A voz era masculina e era familiar, mas todo aquele momento não deixava minha mente pensar. – Eu tento ser legal com você e é assim que retribui?! Eu... Eu tento parecer uma pessoa legal, te comprimento, tento ser seu amigo, faço de tudo para segurar a vontade de rasgar seu lindo e delicado pescoço! – O vi puxar o cabelo dela sem dó fazendo o rosto dela encarar o dele. – Mas é assim que você retribui, agindo como a vizinha vadia! – Dava pra sentir a raiva quando ele falou. – É desse jeito que você quer agir? Esse é o seu joguinho, pequena ( seu apelido )? – Foi quando tudo veio de vez na minha mente.
A camisa e o short preto que a garota usava, o cabelo longo da mesma cor que o meu, se parecia COMIGO. O assunto que ele falava. E na mesma hora a pessoa que eu reconhecia a voz veio na minha mente. Meu coração praticamente parou de bater e eu fiquei sem reação, apenas parada olhando para a garota chorando.
- Você não se comportou muito bem na última noite ( seu nome ). E você sabe disso... – Ele puxou ainda mais o cabeço dela levantando ainda mais o rosto. Ele olhou para o pescoço dela posicionando a pequena lamina na jugular e depois olhou nos olhos dela aproximando seu rosto. – Desculpa. – Ele sussurrou e passou a lamina pelo pescoço da garota num corte certeiro enquanto dava um pequeno beijo nos lábios que pulavam pra fora da mordaça. Ele passou o dedão coberto pela luva pelos lábios dela e se afastou, dando pra ver o liquido vermelho descer pelo corpo dela mudando a cor da camiseta.
- Meu Deus... – Foi a única coisa que saiu da minha boca, alto o suficiente para fazê-lo olhar para trás e confirmar todos os meus pensamentos. Dava pra ver que Zayn se assustou a me ver aqui. Virei tentando correr, mas aquele maldito salto impedia de executar aquilo numa floresta. Senti a mão dele tampar minha boca por trás e o mesmo grunhido que a garota fazia momentos atrás agora era feito por mim. Eu tentava tirar a mão dele da minha boca para o grito sair totalmente da garganta, mas Zayn era mais forte que eu. Meu coração batia rápido e já começava a sentir lagrimas se formarem nos meus olhos. O desespero agora tomava o meu corpo, o verdadeiro corpo. Sentia ele me puxar para trás. Tudo começava a ficar embaçado e a música da festa ficava ainda mais baixa.
- Droga( seu nome ), o que você faz aqui?! – O sussurro dele foi a ultima coisa que eu ouvi. Logo depois tudo ficou preto.
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Acordei com o cheiro de plástico ou algo do tipo sendo queimado. Sentei-me reparando que estava deitada no meio da grama no meio do nada, não conhecia o local. Olhei para frente e o vi queimar algo num barril de metal, um pouco distante dele havia dois carros, O Mustang que ele dirigiu hoje de manhã estava parado num pedaço da rodovia que passava pelo local, e outro mais simples que eu nunca tinha visto antes estava a alguns metros do barril. Lembrei o que eu tinha visto e um som estranho saiu da minha boca fazendo Zayn olhar para trás.
- A bela adormecida finalmente acordou... – Ele vinha na minha direção e meus braços foram puxando meu corpo para trás. – A Miss Strip-tease está com medo?
- M... Me descul-pa, por favor... – Minha voz falhava por causa do choro que começava a prender na minha garganta, lagrimas não paravam de cair do meu rosto lembrando como aquela garota tinha acabado e com medo da mesma coisa acontecesse comigo. – Eu p-prometo, foi a primeira e úl-tima v... vez! – Ele me levantou e segurou meu pescoço com uma mão me guiando até eu me encostar em um dos carros, o Mustang.
- Ah! Agora você se preocupa em se desculpar? – A mão dele seguiu do meu pescoço para a minha mandíbula e senti a força que ele aplicava apertando. – Agora você quer parar para pensar se foi algo bom em se fazer ou não? Então é desse jeito que você tratava seu antigo vizinho no Brasil, rebolando seminua? – Ele virou meu rosto dando um pequeno beijo perto da minha orelha.
- Não me machuca, por favor... - Lágrimas grossas não paravam de rolar pelo meu rosto. – Não me mata. – A última frase lutou para sair da minha boca, foi um sussurro, achei por um momento que ele não teria ouvido.
- Hey amor, eu não vou te matar, eu prometo... – Ele falou olhando firme nos meus olhos. Logo depois voltou a beijar minha orelha mordendo, e sussurrou. – Agora não prometo nada quando a primeira opção.
Zayn me puxou pelo braço até o lado do carona do carro. Abriu a porta e praticamente me jogou no banco prendendo o cinto logo depois.
- É o seguinte, eu preciso terminar aqui então estou te dando três opções. Primeira: Fica dentro do carro quieta como uma boa vadia e nada de ruim te acontece. Bem, a segunda você faz escândalo, se desespera e eu te jogo no porta-malas do outro carro, a terceira você tenta fugir daqui, e eu te garanto que os finais dessas duas últimas opções serão sua família e seus amigos te visitando no cemitério. Então Srta. ( seu sobrenome), qual opção mais te agradou?
- A... a pri-primeira...
- Foi o que imaginei... Garota esperta você.
Ele bateu a porta do carro sem se importar se tinha braços ou pernas do lado de fora, por sorte não tinha. Segui todos os movimentos dele tremendo no banco do carro. Ele prometeu que não me mataria, mas ele me machucaria, e isso eu tinha certeza que ele faria.
Zayn abriu o porta-malas do carro tirando um galão que parecia ser gasolina, depois seguiu para onde estava o outro carro. Eu reparei na roupa dele, que não era mais o casaco preto de capuz, agora ele usava uma camisa básica de manga curta também preta, o que dava para ver as tatuagens que ele tinha em cada braço. Ele parou na frente do carro, parecia que checava alguma coisa no celular, fez isso por alguns segundos e logo guardou no bolso de novo e voltou ao que fazia. Ele começou a jogar a gasolina pelo carro e logo depois deixando o galão no capô, se afastou pegando algo no bolso que logo soube o que era quando ele acendeu o fósforo jogando no carro que começou a pegar fogo. Ele veio correndo de volta para o carro e sentou do lado do motorista.
- Boa garota, que bom que continuou no carro. – Ele ligou o carro e manobrou seguindo pela rodovia extremamente vazia e escura, só dava para ver o que o farol conseguia iluminar. Segundos depois eu me assustei com o som de uma explosão vindo do local que estávamos. – Sabe ( seu apelido), tenho planos para você... – O olhei assustado que riu quando percebeu minha reação. – Calma, já disse que não vou te matar.
- Me jogar no meio do nada sem um braço ainda viva você não estaria me matando, mas eu morreria por consequência... – Falei baixo preocupada.
- ( seu apelido ), na sua posição não é sábio me dar ideias.
- Desculpa.
Ficamos alguns minutos calados, e aquele silêncio piorava ainda mais o meu nervosismo, eu não aguentava mais aquilo.
- Você a matou por minha causa?
- Você sabe que sim, não se faça de idiota, por favor.
- Por quê? Ela não merecia isso.
- Era ela ou você.
- E porque não me escolheu já que a culpa é minha? – Ele olhou para mim por um estante e depois voltou a atenção para a estrada, sem responder a pergunta.Depois respondeu
- Por que eu não quis ! Você quer calar aboca por um instante?!
- Desculpa...
- PARE DE PEDIR DESCULPAS! QUE DROGA! – Algumas lágrimas ainda presas rolaram pelo susto do grito dele. – Olha, você fez coisas que não devia, viu coisas que não devia, mas eu já disse que não irei te matar. – Ele passou uma das mãos pelo meu joelho e na coxa. – Eu te prometi que não iria te matar. Já disse que tenho outros planos para você.
- Q-que planos?
- Você saberá.
Ele voltou a atenção a estrada cantarolando alguma música que no momento eu não estava preocupada em saber qual era. Eu olhava a paisagem passando pela janela achando que finalmente meu corpo começava a se acalmar. Ouvi uma risada e olhei pra direção de Zayn. Ele passou a língua pelos lábios que sorriam abertamente, ele olhou para mim e voltou a olhar para frente ainda sorrindo.
- Só para você ficar sabendo... – Ele passou a língua mais uma vez no lábio inferior, dessa vez mordendo com força em seguida. – Você vai terminar o que começou ontem.

Depois de alguns minutos eu reconheci a rua que estávamos, e o vi parar o carro em frente a minha casa, tirou o cinto de segurança e se virou para mim.
- Olha ( seu apelido), eu não quero que isso fique mais difícil do que já aparenta estar, e quando eu falo ficar difícil acredite que a situação fica 3 vezes pior para você. Então eu espero que você colabore comigo e fique de boca fechada. – Eu apenas assenti com a cabeça. – Você vai entrar em casa, sorrir e dizer a seus pais como foi divertida a festa. Entendeu? – Eu continuei de cabeça abaixada ouvindo o que ele falava quando senti a mão dele levantar o meu rosto com força para encarar ele. – Eu te fiz uma pergunta. Você entendeu?
- Entendi.
Ele desprendeu o meu cinto de segurança, mas quando eu me preparava para sair ele me puxou pela cintura forçando seus lábios nos meus. Ele me beijava com força forçando a língua contra a minha boca pedindo passagem. Eu estava com medo do que ele faria, não sabia como reagir. Ele parou o beijo só por alguns segundos olhando com raiva nos meus olhos.
- Se eu fosse você eu corresponderia.
Ele voltou a me beijar no mesmo ritmo, mas desta vez eu respondi ao beijo, meus olhos permaneciam abertos assustados, enquanto a língua dele brincava com a minha. Senti a mão dele descer da minha cintura para a minha coxa e logo depois apertando minha bunda na mesma força que senti ele morder meu lábio. Deixei um gemido sair pela minha garganta, mas ele não percebeu que era um gemido de pura dor e continuou descendo o beijo para o meu pescoço. Ele continuou massageando minha coxa enquanto inclinava o seu corpo para cima do meu.
- Zayn, por favor... – Tentei parar ele, mas ele continuava beijando com ainda mais força o meu pescoço, provavelmente deixando marca. – Zayn, para, por favor... Zayn. ZAYN!! – Empurrei o corpo dele de volta para o banco tentando respirar com mais calma. – Me desc...
- Sai do carro. – O obedeci encolhendo meu corpo logo que saí por causa do vento frio. – Se lembre do que eu falei.
O vi manobrar o carro estacionando na frente da garagem e logo depois sair do carro e seguir para casa. Fui andando para minha casa tremendo, entrei em casa agradecendo que meus pais já estavam dormindo, subi para o meu quarto deitando na cama apenas tirando o sapato. Encolhi meu corpo relaxando e comecei a chorar ainda mais por tudo que tinha acontecido, sabendo de uma única coisa: Aquilo não acabaria tão cedo.


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