sábado, 15 de setembro de 2012

FIC Mysterious Boy

                           8º Capitulo

Já haviam se passado três dias desde aquela noite, quando eu havia acordado no domingo Zayn não estava mais no quarto e desde então ele não havia falado comigo direito. Sem sorrisos, sem indiretas, sem ataques, apenas o que a regra de educação mandava, bom dia, boa tarde e boa noite. Ele estava me evitando, e aquilo estava me incomodando. 
Irônico hã? Eu passei a semana toda, principalmente o final dela, querendo que ele me deixasse em paz, e quando ele finalmente atende o meu pedido eu me sentia estranha, me sentia... vazia? Estranho, eu sei, mas eu meio que sentia falta do Malik invadindo a minha casa para saber da minha vida, sentia falta do Malik sorrir daquele jeito misterioso que ele sempre fazia quando eu passava na frente da casa dele, sentia falta do Malik espionar pela janela sem ter nenhum medo de que eu pegasse no flagra. Eu sentia falta dele. Era algo bom e ruim ao mesmo tempo. Impressionante como uma única pessoa pode bagunçar toda a sua em apenas uma semana e meia...
Eu batucava na carteira do colégio com um lápis enquanto meu parceiro de mesa terminava algum trabalho nosso de história, sempre que ele me perguntava alguma coisa a única resposta que saia da minha boca era um “tanto faz” ou “o que você achar melhor”. Nunca fui boa em história, o que por sinal deixava meus pais irritados, e naquele momento eu realmente não estava com paciência para saber o que os nossos ancestrais fizeram pelo nosso país.
Ouvi o sinal tocar, peguei parte dos papéis pela minha mesa e o resto joguei dentro da mochila tentando sair o quanto antes da sala.
- Srta. ( seu sobrenome )? – Ouvi a voz rouca e lenta do Sr. Robert me chamar, era a única coisa que eu precisava agora. – Precisamos conversar. – Ele não era velho, deveria ter uns 35 anos no máximo, cabelos pretos puxados para trás e sempre usava um suéter diferente toda aula. Ele era um dos únicos professores ricos da cidade, o que ajudava a ter garotas sempre perto dele querendo “uma carona” no carro dele, se é que me entendem...
- Algum problema Senhor? – Sentei numa cadeira perto dele o encarando.
- Quanta formalidade... – Desde que eu cheguei ele sempre me repreendia à chamá-lo por Tom, seu primeiro nome. Mas, bem, era sempre assim, começava por Tom e acabava pegando “carona”. – Eu estava revisando suas notas do Brasil e pelo que me parece, se continuar no mesmo ritmo você poderá repetir a matéria.
- Eu prometo que tentarei melhorar, senhor.
- Já perdeu a graça falar que você pode me chamar de Tom, e bem... – Sentir a mão dele passar pela minha coxa, subindo um pouco a saia fazendo círculos na minha pele com o dedão. – Se você quiser eu posso até te ajudar a passar... – Aquilo era nojento. Levantei irritada jogando a mão dele para longe e consertando a minha saia.
- Acontece, SENHOR Robert, que eu não preciso da sua ajuda, posso me virar sozinha. Muito obrigada. – O olhei com nojo e saí da sala ainda dando tempo de ouvi-lo responder um “se precisar estou aqui”, meus passos eram tão rápidos que não deu tempo de ver que vinha alguém, me fazendo esbarrar e todas as minhas coisas caírem pelo chão.
- Desculpe-me! – Falei me abaixando para recolher todos os papéis. – Sou muito desastrada, droga... – Vi a sombra da pessoa se abaixar comigo para me ajudar a pegar os papéis. Minhas mãos tremiam de raiva pelo que tinha acabado de acontecer, fazendo os papéis caírem mais uma vez, até que desisti e joguei tudo no chão me sentando ao lado e passando a mão pelo rosto.
- Ei, calma... Foi um acidente. – Olhei para frente me deparando com um sorriso totalmente branco. – Acontece com todo mundo. – Ele arrumou os papéis me entregando. – E pelo que eu estou vendo seu dia não está sendo um dos melhores. – Vi sua mão se estender me ajudando a levantar do chão.
- Obrigada... – Agradeci concertando minha farda e colocando todos os papéis dentro da bolsa para evitar qualquer outro acidente. – Na verdade minha vida não está no seu melhor momento.
- Bem vinda ao clube. – O sorriso dele era tão suave, tão lindo, que me fez sorrir só por isso. Ele tinha olhos verdes e cabelos tão pretos quanto os de Zayn que se destacava na pele pálida, até parecia que ele não tinha visto o sol há anos. Era alto e Jesus, o corpo dele era forte, mas de um jeito saudável. Josh. – Ele falou entendendo a mão, claro que eu retribuí, e Jesus que pele macia e quente!
- ( seu nome ), mas pode me chamar de ( seu apelido ).
- ( seu nome ), meu nome favorito!
- Sério?
- É... Não, estava apenas causando boa impressão.
- Está funcionando.
- Está?
- Não, estava apenas sendo agradável. – A risada dele foi tão alta e gostosa de ouvir que me deu arrepios. Sério, onde ele se meteu esse tempo todo aqui no colégio?!
- Boa resposta... - Seguimos andando pelo corredor um pouco vazio.
- Desculpa, mas nunca te vi desde que eu cheguei.é novo aqui também ?
- Na verdade estudo aqui há 4 anos.
- Nossa, eu nunca te vi por aqui, sério.
- Temos aula de espanhol juntos.
- Explicado. Quando eu não estou dormindo na aula de espanhol, estou fazendo algo aleatório ou...
- Mexendo no celular. Eu sei disso. – Ele falou olhando para o chão enquanto caminhávamos.
- Sabe? Então você anda me espionando na sala de aula... – Não era minha intenção, mas o vi ficar vermelho enquanto disfarçava a vergonha rindo baixo. – Bem, minha sala fica aqui. Biologia. – Falei parando em frente a sala deixando espaço para os alunos que chegavam entrarem. – Adorei te conhecer Josh!
- Também! E desculpa pelo tempo de espionagem... – Ele levou a mão até a nuca e passou a mão pelo cabelo, o bagunçando.
- Não precisa desculpar. – Dei um beijo na bochecha dele sorrindo o vendo sorrir também. – Nos vemos depois?
- Claro! – Acenei uma última vez e entrei na sala.
Fui até a mesa onde Tiffany já me esperava, o olhar dela era o mais safado possível, o que me fez rir alto.
- Você é MUITO rápida garota! Sério? – Sentei do lado dela rindo
- Não sei do que você está falando... – Fingi a fazendo bater no meu braço.
- Quem era? Novato igual à você ?
- Sabia que ele está aqui há 4 anos e tem aula de espanhol com a gente? – Vi Tiffany abrir a boca espantada.
- Isso que dá ser popular e esnobar todo mundo – Nós rimos.
- O nome dele é Josh. Até sabe o que eu fico fazendo durante a aula!
- Conte-me ( seu nome ), como é ter dois homens te espionando? Não acredito nisso... Cuidado Zayn, concorrente na área! - Ouvir o nome dele foi tão estranho, ainda fazia eu me lembrar de tudo, mas era diferente. Não sei porque era, mas eu me sentia tão estranha por dentro. Foi assim a semana toda e estava incomodando muito... – Ah não ( seu apelido )! Vai se perder no espaço não né?! É sempre assim quando eu falo no nome desse garoto e você não me conta nada!
- Não tem nada para contar Tiffany... – Falei vendo o professor entrar na sala e tentei não olhar pra ela fingindo que estava distraída procurando algo na mochila, mas eu podia sentir o olhar de desaprovação dela sobre mim.

Quarta-feira, 18 de abril
Voltei a minha rotina, se eu ficasse em casa lamentando por tudo seria pior, não posso contar aqui o que aconteceu, mas estou bem mais calma. A não ser por um motivo, desde que ele se mudou para cidade essa é os primeiros três dias sem falar com ele. Durante uma semana ele não me deixava em paz, agora me ignora. Nunca vou entender.
Estou escrevendo do colégio, e pelo que eu vejo coisas novas vão acontecer. Isso é bom. Eu acho...

- Não sabia que você tinha um diário. – Tomei susto com a voz de Josh surgindo do nada. Fechei rápido e guardei dentro da mochila. – Calma, não estava lendo, espionagem só na sala mesmo. Pensei que você já tinha ido embora.
- Nem percebi a hora... Bem, te vejo amanhã! – Caminhei ainda sem graça. Desde que meus pais se separaram todas as coisas que eu pensava ou fazia me deixava triste, feliz, confusa, tudo se encontrava ali, então eu sempre fazia o possível para manter longe da vista das pessoas.
Peguei minha mochila me preparando para ir embora quando senti uma mão segurar o meu pulso.
- Desculpa. Eu sei que é algo pessoal. Prometo que não vai acontecer de novo.
- Não precisa se desculpar, você não fez nada de ruim.
- Não, sério, eu quero me desculpar. Você aceita carona até sua casa?
- Não precis...
- Eu insisto! – Concordei com a cabeça e ele abriu a porta do carro pra mim.
Passamos o caminho inteiro conversando, ele falando desses anos de nerd ignorado no colégio até finalmente conseguir seu espaço no colégio e ser notado, cantamos musicas que tocavam na rádio, eu estava tendo um ótimo dia, ele me fazia sentir como se minha antiga vida estivesse de volta,com meus pais, sem assassinatos, sem vizinhos, apenas eu tendo boas horas.
Depois de alguns minutos chegamos em frente a minha casa, minha mãe estava conversando com a Sra. Malik sentadas no jardim da minha casa, Safaa também estava lá brincando com o cachorro da vizinha que de vez em quando invadia minha casa, ela ainda estava com a farda do colégio, deveria ter acabado de chegar. Saímos do carro e senti ser observada provavelmente pelas 3, Josh me ajudou com a mochila.
- Então... Eu e alguns amigos do colégio estamos planejando ir a um club sexta à noite, acho que aquela sua amiga também vai. Se você não tiver nada pra fazer pode aparecer lá... – Ele falou visivelmente sem graça passando a mão na nuca.
- Parece uma boa ideia. Talvez eu apareça por lá. – Sorri dando um abraço nesse. – Obrigada pela carona.
Saí caminhando com a mochila nas costas o vendo entrar no carro e saí, joguei-a em qualquer canto e senti Safaa me abraçar daquele jeito fofo de sempre.
- Amigo novo? – Minha mãe perguntou enquanto sorria.
- Hm ele mais parece o namoradinho dela! – Safaa falou rindo logo sendo repreendida pela mãe.
- Não é nada disso sua boba! Ele é meu colega de espanhol e começamos a conversar hoje. Apenas!
Cumprimentei-as e entrei em casa sendo seguida por Safaa.
- Como foi sua escola hoje? – Perguntei tirando meu sapato e nós duas sentamos no sofá. Ela era criança, mas adorava conversar com ela.
- Divertido, brincamos com palavras!
- Hm estou vendo como foi divertido! E sua família, como andam as coisas? – Perguntei com uma pontada de segundas intenções.
- Meu pai está no trabalho e minhas irmãs no colégio ainda. – Ela falava prestando atenção na tv que eu tinha acabado de ligar. – Zayn deve estar em casa como sempre, não sei por que ele estuda em casa. – Ela falou confusa, mas ainda sem muita emoção.
- Está tudo bem com ele...?
- Não sei, ele não parece muito alegre, parou de brincar comigo ou afastar os monstros da minha cama. – Logo que ela terminou de falar ouvi a mãe dela a chamar, Safaa me deu um beijo rápido no rosto e correu para fora.
Então Zayn estava triste... A única coisa que eu pensava era se foi por causa do que ele tinha dito na madrugada de sábado para domingo. Foi estranho ver ele falara algo sentimental, antes disso todos os momentos que eu tive com Zayn foram assustadores e nada agradáveis, talvez fosse tão estranho para ele quanto foi para mim. Balancei a cabeça tentando afastar os pensamentos, talvez com ele afastado fosse melhor para mim. Subi as escadas correndo para tomar um banho e descansar.
***
O resto da semana passou tranquilamente, Zayn continuava me ignorando, continuei pegando informações de Safaa disfarçadamente, tentei ao máximo prestar atenção nas aulas, e eu e Josh estamos ficando cada vez mais próximos. Tiffany meio que implicava dizendo que eu iria trocar ela.
Sexta- feira, 19h, e aqui estou eu em frente ao espelho. Havia decidido ir ao tal encontro já que até Tiffany iria, quanto mais eu me distraía melhor eu ficava. Vestia um vestido preto curto de manga com costas nuas, as marcas que Zayn havia feito no ultimo fim de semana já haviam sumido, e calcei um sapato vermelho com um pequeno salto em virgula. Depois que passei a maquiagem, joguei todo o meu cabelo para o lado para incomodar, peguei minha bolsa também preta com alça prateada e desci as escadas. Meus pais assistiam ao jornal quando eu passei chamando a atenção deles.
- Wow! Filha você está linda!
finalmente você está conhecendo gente nova, se divertindo, como antes!
Não estava com paciência para ir com Tiffy e com certeza eu não estarei em condições na volta, então chamei um taxi mais cedo e fiquei esperando ele cumprir com o horário combinado e vir me buscar. O vento fez todo meu corpo arrepiar e eu me encolhi sentindo algo estranho, eu olhei para frente e vi Zayn na janela do quarto, ele estava sem camisa e fumava enquanto olhava para mim. Mas não demorou nem um minuto para ele sumir e eu ver a luz do quarto se apagar, segundos depois o taxi chegou. Dei o endereço da boate, que era no centro mas não demorou muito, 45 minutos depois lá estava eu na porta. Existem muitas vantagens em ser amiga de pessoas populares, uma delas é não precisar de maior idade para entrar num club porque um dos seus amigos é o filho do dono e seu nome já fica na lista VIP. Parei na frente dos dois enormes seguranças falando meu nome e sobrenome, eles olharam em um papel e logo depois me deram passagem me desejando um “divirta-se senhorita”.
O local estava cheio, a pista de dança parecia não haver mais espaço.
- ( seu nome )! – Olhei para o lado e vi o grupo numa mesa. – Wow você está linda! – Abracei Josh que deu um leve beijo na minha bochecha, o cheiro dele dava para sentir que a festa já havia começado antes de mim. Senti um tapa na minha bunda me fazendo virar rápido para trás e dar de cara com uma Tiffany super alegre.
- Pensei que não viria!
- Pensei melhor, não é muito legal ficar no computador numa sexta a noite quando todos os seus amigos estão se divertindo.
- Awn minha amiga louca e divertida voltou ! – Ela riu me abraçando, dava pra ver nitidamente que ela já estava um ouço alterada.
- Bebida? – Josh apareceu do meu lado enquanto eu sentada numa cadeira, ele colocou o copo na minha mão falando bem próximo do meu ouvido.
- Obrigada. – Deixei todo aquele liquido queimar minha garganta, coisa que já fazia certo tempo que eu não sentia.
- Você está incrível hoje.
- Você também não está nada mal... – Ri o vendo rir junto.
- Finalmente te vi com algo que não seja aquela farda. Sorte minha!
Acho que se passaram duas ou três horas, e o álcool já reinava em uma boa parte do meu cérebro. Josh, que também já não estava no seu estado normal, continuava tirar proveito da noite falando perto do meu rosto e fazendo sua mão parar “acidentalmente” na minha coxa ou na minha cintura. Já nem tínhamos mais o que conversar, apenas falávamos besteira, o que aparecia na mente.
- Vamos dançar! – O puxei de vez sem nem ao menos dar tempo dele pensar. Tocava Make Me Pround de Drake e todos estavam loucos. Senti Josh colar meu corpo no dele e passei a mão pelo pescoço dele enquanto dançava. A mão dele descia até o final das minhas costas e minha mão apertou de leve a nuca dele aproximando o rosto dele até a curva do meu pescoço onde ele beijou e mordeu levemente. Ele tentou me beijar, mas eu virei o rosto quando senti uma outra mão passar pelas minhas costas e eu sentir um perfume familiar. Ele estava ali. Eu sabia. Tentei encontrar o rosto deles entre as milhares de pessoas dançando e comecei a ficar tonta.
- Está tudo bem? – Josh perguntou me olhando preocupado.
- Hã? Ah sim, só um pouco tonta, já volto.
Fui empurrando cada um que aparecia na minha frente dançando de um jeito diferente até conseguir chegar ao bar.
- Uma água, por favor. – No mesmo instante o barman me entregou um copo que eu bebi de vez sentindo minha cabeça aliviar um pouco.
- Não é um pouco estranho beber água numa boate? – Nem precisava virar para saber quem era. Eu nunca vou entender esse garoto!
- Pensei que você estava me ignorando, mudou de ideia?
- Eu me afasto por uns dias e já apareceu outro, tive que voltar imediatamente. – Ele virou o meu banco e segurou meu pulso. – Então, hora de voltar para casa.
- Você está louco?! – Só podia ser brincadeira né! Puxei meu braço forte o fazendo largar minha mão. – Eu não vou para lugar nenhum!
- Sim, você vai.
- Algum problema? – Josh apareceu atrás de Zayn que apenas riu de canto.
- Problema nenhum, volta para os seus amigos idiotas que aqui está tudo bem.
- Se eu fosse você a deixaria em paz.
- Pra minha sorte você não é. Vamos ( seu nome )! – Ele puxou meu braço mais uma vez me fazendo levantar do banco.
- Eu mandei você deixar ela em paz! – Josh me puxou pro lado dele e empurrou Zayn, que ficou com uma cara tão tensa quanto engraçada, a bebida falou mais alto e eu ri baixo, fazendo Zayn me olhar sério pensando que eu tinha rido da situação, esse foi o ponto máximo para ele. O murro que ele deu em Josh foi tão forte que eu senti a dor por ele. Josh voltou com tanto ódio no rosto, e eu começava a ficar apavorada com tudo aquilo.
- Você quer morrer?
- Acho que essa frase é minha... – Zayn falou rindo voltando a pegar meu braço. Josh mais uma vez me puxou só que agora me fazendo cair de bunda no chão, e a briga começou. Quando minha mente voltou ao normal vi os dois trocando murros, o lábio de Zayn estava partido, fazendo a boca dele sangrar um pouco.
Me joguei entre os dois tentando separar a briga quando os seguranças também chegaram. Vi Zayn ser levado para fora e já sabia que se eu não seguisse ele alguém inocente acabaria pagando por isso.
- Eu tenho que ir.
- Não acredito que você vai atrás dele ( seu nome )! – Josh gritou segurando um guardanapo no nariz machucado. Mikaele apenas olhava pra mim, mas não séria, mas com um olhar de que dissesse que seria melhor mesmo.
- Não dá pra explicar agora Josh, te vejo depois. – Dei um beijo na sua bochecha e saí sem esperar nem ao menos um tchau.
Logo que saí da boate procurando Zayn, senti a mão dele me puxar até o estacionamento.
- Pensei que não viria.
- Porque você fez aquilo?!
- Se você saísse na primeira vez que eu mandei, nada teria acontecido.
- AGORA A CULPA É MINHA! – Gritei seguindo para o carro dele. – EU QUERIA TE ENTENDER POR PELO MENOS UM DIA ZAYN! UM DIA! Você me ignora por uma DROGA DE SEMANA e agora A CULPA É MINHA POR VOCÊ ESTRAGAR A MINHA NOITE?!
- PARA DE GRITAR!
- NÃO! VOCÊ NÃO MANDA EM MIM! CHEGA OK? – Falei sentando no bando do carona. – AGORA ENTRA NO CARRO E DIRIGE!
- Acho que essa frase também é minha! – Ele riu e isso me fez rir também. Mas logo virei o rosto tentando ficar séria de novo. – Você pode dirigir por favor? – Ele ligou o carro ainda sorrindo.
- Você fica sexy assim, mandona.
- Cala a boca e vai Zayn. – Encostei minha cabeça na janela sentindo Zayn segurar minha mão enquanto dirigia de volta para nosso bairro. Acabei adormecendo. Quando abri os olhos acordei sentindo um pouco de dor de cabeça, eu estava num lugar estranho, pela janela ainda dava pra ver que era de madrugada. Reparei na parede azul marinho e nos móveis marfim. O perfume dele estava impregnado em toda a cama. Fechei os olhos me acalmando um pouco mais chegando a fechar os olhos de novo.
- Sério que você vai dormir de novo? – Olhei para o lado e Zayn estava lá me olhando sentado na beira da cama. – Não tive coragem de te acordar então trouxe você pro meu quarto...
- Pra quem já matou, muito estranho ter medo de acordar alguém. – ele sorriu mordendo o lábio meio que incomodado.
- Algum problema?
- Primeiro você reclama, diz que está sofrendo que não quer me ver, eu me afasto e você reclama por que eu te ignorei e agora está deitada na minha cama fazendo piada com esse assunto.
- Passei meses da minha vida triste, sem sentir nenhuma emoção. Então você chega com tudo isso. No começo foi horrível, mas logo que você se afastou percebi que senti falta de toda a adrenalina. Mesmo sendo ela ruim em boa parte.
- Hm... – Zayn deitou do meu lado olhando diretamente nos meus olhos. Logo depois passando o dedão no meu rosto. – O que você está fazendo comigo garota... – Ele aproximou o rosto no meu, deixando nossa boca afastada por poucos centímetros, quando não aguentei mais e puxei o rosto dele o beijando. Foi bem calmo, sem nem um pingo de pressa, apenAs aproveitando o momento. Ainda dava para sentir um leve gosto de metal por causa do lábio partido dele, que já estava mais bem cuidado. Ele deitou o corpo por cima do meu apoiado com os cotovelos para que eu não sentisse todo o peso. De maneira um pouco atrapalhada ele me ajudou a tirar meu vestido e aproveitando para tirar a roupa dele, eu não aguentei e ri baixo ouvindo o “shhh” de Zayn por causa da família que estava logo ao lado do quarto. Ele passou a mão apertando com cuidado um dos meus seios e o beijo que ele deu no meu pescoço foi tão bom que foi quase uma tortura ter que segurar o gemido. Ele sorrio percebendo o efeito que estava me causando.
Desabotoei a calça dele a empurrando para baixo com o pé. Zayn voltou a me beijar dessa vez um pouco mais bruto, puxando minhas pernas para que rodeasse a cintura dele, apertou minha bunda juntando mais nossos corpos fazendo assim eu sentir o enorme volume na cueca boxer dele, me fazendo arranhar suas costas com força. Nenhum dos dois conseguiu segurar os gemidos, mas pra nossa sorte o beijo abafou o som.
- Só quero te lembrar de que você ainda me deve a dança. – Zayn disse puxando meus braços acima da minha cabeça, os prendendo com uma mão enquanto a outra explorava cada parte do meu corpo.
- Você nunca vai esquecer isso? – Falei sorrindo enquanto ele seguia os beijos para o meu ouvido.
- Nunca.



...Continua...


                    #Bea

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